O desafio nacional 44311l
Correio Braziliense, em 15/06/2006
As raízes da carência de leitura no Brasil são profundas. Basta relembrarmos que somente em 1808 a tipografia (excetuando um episódio atípico e sem maior expressão) apareceu entre nós. Como tantas outras marcas de civilização que só se implantaram no território nacional com a viagem da família real portuguesa — uma das grandes efemérides que serão comemoradas daqui a dois anos, junto com o centenário da morte de Machado de Assis e o do nascimento de Guimarães Rosa — o livro no Brasil, assim como os periódicos, tem apenas 198 anos de idade, o equivalente aproximado de seis gerações, o que representa para nós um notável atraso de partida em relação à América Hispânica e aos Estados Unidos.